quinta-feira, 15 de março de 2012

Governo federal tenta salvar programa habitacional


Governo federal tenta salvar programa habitacional
 O governo federal divulga que pretende dar novo impulso ao Minha Casa Minha Vida, ampliando a oferta de capital de giro às construtoras. Só agora três anos depois do lançamento, a equipe econômica avalia que o programa não deslanchou tanto quanto o desejado. Na Bahia, ele vem afundando. Alguém precisa dizer isso à presidente Dilma Roussef.
Uma das frentes em discussão é a ampliação da oferta de capital de giro para as construtoras. Embora o governo tenha concedido redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para vários itens de material de construção, os preços desses produtos subiram e elevaram o custo da habitação popular.
O problema foi agravado com o aumento dos preços dos terrenos em todas as capitais brasileiras. Com isso, aumentou a dificuldade de enquadramento dos preços finais da obra para as faixas já predeterminadas no programa.
O governo sabe que não tem como controlar o preço dos terrenos, mas tenta encontrar uma solução para contornar em parte o aumento dos preços de materiais de construção. A maior preocupação é com as linhas de financiamento voltadas para famílias com renda até três salários mínimos porque são onde há subsídio pesado do Tesouro Nacional e o maior impacto social.
Além disso, o governo teme que as metas do programa fiquem prejudicadas e que acabem atrapalhando o impulso prometido para os investimentos. As preocupações residem também nos efeitos negativos que as casas não entregues terão nas candidaturas de aliados nas eleições municipais deste ano.
Setor privado. O governo decidiu também ouvir o setor privado no intuito de encontrar uma solução. Por isso, viagens de executivos do setor a Brasília neste início de ano não foram raras. Entre os empresários, a avaliação é a de que os parâmetros colocados para a segunda fase do programa ficaram abaixo do que seria o mais adequado porque eles foram estabelecidos no primeiro semestre do ano passado.
Na ocasião, o Minha Casa, Minha Vida ficou em segundo plano, na opinião de um executivo, porque o foco do governo estava circunscrito ao temor de superaquecimento da economia, da disparada da inflação e do cumprimento da meta fiscal das contas públicas. "Claramente, o governo apertou o parafuso e jogou os preços para baixo, delegando grande parte da tarefa a Estados e municípios. Só que essa parceria que não surtiu muito resultado."
Para esse empresário, se não houver uma nova elevação dos preços permitidos no programa e a redução da burocracia ocasionada pelas parcerias, dificilmente o Minha Casa irá deslanchar. "O programa perdeu a atratividade", resumiu. (com informações de O Estado de São Paulo)

 Por Redação BNI