A bola começou a rolar neste domingo para a Copa do Mundo Fifa no Brasil. O pontapé inicial está marcado para 12 de junho de 2014, mas o nome do objeto de desejo de todos os jogadores poderá ser escolhido a partir de agora: Bossa Nova, Brazuca ou Carnavalesca? Você, torcedor, é quem vai decidir em votação no GLOBOESPORTE.COM como se chamará a bola do próximo Mundial, produzida pela adidas. A eleição estará aberta até o dia 2 de setembro.
Os nomes escolhidos representam traços das características mais marcantes do Brasil. Muito mais que um nome, Bossa Nova é um cartão de visita do país. Um jeito diferente de fazer música que, assim como o nosso futebol, conquistou o mundo com arte e beleza.
A bola que vai rolar nos nossos gramados tem que ter a nossa alegria, a nossa irreverência. Essa é a bola que vai representar o nosso orgulho de ser brasileiro. E ela tem que ser a nossa cara, ter o nosso nome. Essa bola tem que ser Brazuca.
O Brasil é ritmo, ginga, alegria, espetáculo. Com a bola ou o samba no pé, a gente encanta o mundo. Por isso, a Carnavalesca representa a nossa mistura de povos em uma bola que tem tudo a ver com a nossa cultura e arte.
Nas três primeiras Copas (1930, 1934 e 1938), a bola era de couro marrom. A bola de capotão. As costuras eram externas e o bico de encher ficava para fora. Para segurança dos jogadores, em 1950 – o primeiro Mundial no Brasil -, as costuras e o bico foram colocados dentro do objeto. Na chuva, a bola absorvia água e ficava mais pesada.
Na Copa de 1970, quando a Seleção conquistou o tri, surgiu a primeira bola preta e branca, batizada pela Adidas de “Telstar”. Em inglês, o nome significa “estrela da televisão”. O Mundial foi o primeiro a ser transmitido ao vivo para o mundo todo pela TV e o branco e preto facilitavam a visualização do objeto na telinha.
- Nós estamos fazendo um treinamento intenso com ela para nos acostumarmos, porque essa será a bola da Copa – disse o goleiro Félix antes da estreia do Brasil no México.
Em 1982, na Espanha, a “pelota” recebeu o nome “Tango” e tinha costuras à prova d’água. No Rio de Janeiro, o ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho guarda uma relíquia: a bola da final entre Itália e Alemanha. Arnaldo apitou a vitória italiana por 3 a 1 e guarda o objeto até hoje em casa.
- Esse é o meu grande troféu, a bola da final da Copa de 82. Acabou o jogo, eu levantei a bola, fiquei com ela na mão, fui receber os cumprimentos do presidente da Fifa, fui para o vestiário, esvaziei rapidamente a bola e guardei na mala... Quando as autoridadas foram pegar as bolas, eu entreguei todas as bola sreservas. Mas a bola, que era o meu troféu, estava dentro da mala, escondida – lembrou o comentarista da TV Globo, que 25 anos depois reencontrou os jogadores da decisão e pediu autógrafos na “pelota.
A “Azteca”, de 1986, foi a primeira a ser feita apenas de materiais sintéticos – era o fim do couro. A bola foi ainda a primeira a trazer desenhos inspirados na cultura do país do México: pinturas típicas da civilização azteca, que viveu no México há 700 anos.
A Copa do Mundo Fifa da França, em 1998, teve a primeira bola colorida: a “Tricolore” era vermelha, branca e azul, como a bandeira francesa. As costuras do objeto sumiram em 2006, na Alemanha. Os gomos da “Teamgeist (“Espírito de equipe”, em alemão) passaram a ser soldados com calor para ficarem juntos.
A África do Sul viu nascer a mais famosa de todas em 2010. A Jabulani (“Celebrar”, em zulu, um dos 11 idiomas oficiais do país) pregou algumas peças nos goleiros, por causa do contato do ar com os gomos redondos, bem juntos e uma superfície ligeiramente irregular. Na voz de Cid Moreira, a Jabulani ganhou as ruas e virou uma das estrelas da Copa.
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro