segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Candidatos das cidades com pior IDH da Bahia preveem gastos milionários


No ranking dos 20 municípios do estado com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), terá uma campanha a prefeito quase cinco vezes mais cara que a de Salvador, na proporção custo por habitante


Para chegar ao poder, sete candidatos das cidades menos desenvolvidas da Bahia estimaram gastos dignos de uma campanha nas maiores cidades baianas. Em Araci, a prefeita Maria Edneide Pinho (PSD) pretende gastar R$ 1,7 milhão na disputa pela reeleição no município de 51,2 mil habitantes. O valor é R$ 200 mil a mais do que foi previsto pelo seu único concorrente, o fisioterapeuta Antônio Carvalho Neto (PDT).
Ambos planejaram desembolsar mais do que o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (PDT), que previu gastos de R$ 1,2 milhão. Com a diferença de que a população de Feira é dez vezes maior que a de Araci. E, para completar, tem fatores que encarecem uma campanha, como os custos com a produção de propaganda na TV e no rádio.
“Existem urgências aqui, com as quais esse dinheiro poderia ser gasto”, opina o vendedor Antonio Brito, morador de Araci há 36 anos. Para Brito, a educação é a maior necessidade do município, onde apenas três escolas públicas têm ensino médio e nenhuma delas é municipal.
Coordenadora de uma escola particular de Araci, Manuela Teixeira acredita que a grana da campanha seria melhor investida se aplicada na formação dos professores municipais. “Se esse dinheiro fosse empregado na saúde ou na educação seria insignificante, mas para uma campanha é alto”, avalia.
Tem razão: De acordo com o portal da prefeitura, de janeiro a junho de 2012, os gastos em saúde e educação somaram R$ 6,4 milhões e R$ 18,1 milhões, respectivamente.
Fonte: Correio