Por: Do Karmo Carvalho
“As sacolas plásticas surgiram no mundo em 1862 e foi uma revolução para o comércio por sua praticidade e por ser barata. Vieram para contribuir com a filosofia ‘tudo descartável’. As pessoas usavam sem nenhuma dor na consciência. Mas os tempos mudaram e elas se tornaram uma verdadeira praga moderna” – (blog Biology).
Depois de tirar as compras, qual o destino destas sacolinhas?
O exemplo desta praga pode ser encontrada nafeira livre de Araci. A reportagem do Folha esteve na feira desta segunda, 23, e acompanhou o vai e vem das sacolinhas.
Azuis, verdes, brancas e uma diversidade de tamanhos de sacolas são usadas na feira de verduras e frutas e milhares delas vão indo embora com os consumidores a todo instante. Segundo feirantes, as barracas de grande fluxo de clientes chegam a consumir 5 a 10 mil sacolas plásticas por feira. Outro detalhe que chama atenção é a quantidade de sacolas perdidas no chão entre as barracas, muitas caem das bancas e na maioria são jogadas pelos próprios consumidores.
O carrinho de mão vai ficar transbordado de sacolas o que é desnecessário
Na correria de atender vários clientes, os barraqueiros cometem um erro que poderiam não ser cometido. Para cada produto comprado pelo cliente, o atendente coloca em uma sacola diferente e se a compra for grande as mãos dos consumidores irão sair lotadas de sacolas.
Para diminuir a quantidade de sacolas, basta que consumidores e vendedores tenham consciência do perigo que a sacola descartável oferece ao meio ambiente. Pela parte do consumidor, seria bem mais ecologicamente correto se já levasse para a feira o seu recipiente (cesta de compras, sacolas de náilon, bocapiu e outros meios reutilizáveis) para diminuir o consumo de sacolas plásticas.
Já o vendedor poderia juntar vários produtos numa só sacolas, por exemplo: batatinha, quiabo, beterraba e outros legumes mais resistentes, poderiam ser embalados numa só sacola. Assim pouparia sacola e o meio ambiente agradeceria.
No mundo
Países como China, Irlanda e Bangladesh já proibiram o uso de sacolas plásticas. Na Alemanha por exemplo, se você não levar sua própria sacola ao supermercado, vai ter que pagar um preço alto por cada saquinho que utilizar.
O vendedor mostra as sacolas reutilizáveis vendidas na feira por R$ 1.00
No Brasil
A partir de 25 de janeiro deste ano, nenhum supermercado associado à APAS (Associação Paulista de Supermercados) irá fornecer sacolas plásticas descartáveis a seus clientes. A entidade acredita que até essa data todos os consumidores estarão conscientes e levarão suas sacolas reutilizáveis para as compras, ou caixas de papelão, ou carrinhos de feira.
Voltando para a realidade da feira de Araci, poucas pessoas são encontradas na feira com sacolas reutilizadas, mas as poucas pessoas que têm essa saudável educação garantem: “o poder público deveria iniciar um campanha de conscientização para prevenir o uso indevido da sacola plástica”.
Mas enquanto em Araci não se estabelece um regime de restrição da sacola, o cenário do “lixão da feira” vai continuar a incomodar e prejudicar o meio ambiente.
