O vereador presidente tomou assento e da mesa dos trabalhos passou a chamar os vereadores componentes da mesa diretiva, Marlúcia Rodrigues de Carvalho sua vice-presidente e o primeiro secretário, vereador Jefson Carneiro que ocuparam o centro da mesa. Depois o presidente José Augusto chamou os vereadores: Walter Oliveira, Marcos Pimentel, Rivaldo Góes, Gilmara Costa, Manoel Matos, Anastácio Carvalho, Elizabete Carvalho, Virgílio Santos, Laerto Januir e Gilvan dos Santos que ocuparam seus lugares nas laterais. Os vereadores Rômulo Matos e Leandro Macedo não compareceram à Sessão de abertura.
Ao abrir em nome de Deus a Sessão, o presidente concitou o primeiro secretário Jefson a ler a Ata da sessão anterior, que em seu conteúdo relatava a sessão de posse ocorrida no dia primeiro de janeiro.
Assistida por uma plateia em torno de sessenta pessoas, a sessão contou com a presença de autoridades civis e militares, secretariado municipal e representantes da imprensa falada e escrita na cidade e teve três participações do maestro Lucelmo Oliveira executando músicas ao saxofone.
Fazendo analogia das mensagens das músicas, Amigos para sempre e musica Amigo de Roberto Carlos, o presidente falou que a Casa Legislativa seria a casa dos amigos, sempre aberta a receber o cidadão e em seguida passou a chamar à tribuna os oradores que se dispuseram em fazer uso da palavra.
Estreia na Tribuna o vereador
Anastácio:
Depois de saldar a todos, disse de sua felicidade de estar falando pela
primeira vez como membro daquela casa. Fez referencia ao projeto da
UNAVEB-Universidade Aberta dos vereadores do Brasil dizendo que o surgimento
dessa entidade seria a introdução de um novo perfil na edilidade brasileira e
que na próxima sessão falaria mais desse projeto aos companheiros.Precisamos fazer com que esta casa produza mais em benefício do povo para que o conceito negativo que se tem dos politico possa ser mudado. Falou de 31 itens de seu plano de trabalho como vereador quando ainda estava em campanha dando mais ênfase à reforma do Plano de Carreira dos Professores e uma nova nomenclatura que deverá ser dada aos auxiliares de serviços, como Trabalhadores da Educação. Disse ao se dirigir ao prefeito Silva Neto, presente à sessão que iria estar sempre pedindo ao executivo a realização de seus projetos a bem da comunidade sem importar quem nele votou ou não.
Estréia na Tribuna o vereador
Rivaldo:
Depois de suas saudações, o vereador Riva do PT disse que estaria dedicando
todas as suas forças para atender as demandas das classes sociais representadas
pelas associações, sindicatos e que depois daquela sessão de abertura dos
trabalhos, a porta de seu gabinete estaria aberta a todos os que dele
precisasse.
Pronunciamento da vereadora
Gilmara:
Agradeceu a presença de todos nas pessoas do prefeito Silva Neto e da vice
Keinha e iniciou dizendo que naquele momento acabava-se o recesso parlamentar,
mas que nenhum dos vereadores deixou de trabalhar neste período. Falou que no
exercício de seu terceiro mandato o trabalho é o mesmo e que certamente os novos
companheiros neste tempo de recesso devem ter sentido na pele o que é ser um
vereador em Araci. Ao falar isso a vereadora completou que o assistencialismo
acaba sendo um fardo pesado aos vereadores que não foram eleitos para fazer o
social, mas para fazer acontecer.A vereadora enfatizou seu descontentamento com as atitudes do prefeito em cancelar os benefícios do enquadramento e das convocações de concursados de muitas pessoas que tiveram suas vidas complicadas com a medida, sem mesmo poderem ser ouvidas e ter seus casos analisados em um processo de investigação administrativa.
Pediu ao prefeito que fizesse uma reconsideração do caso do corte das vinte horas de professores enquadrados no regime diferenciado e os que estivessem em situação legal fosse feito a devolução de seus rendimentos cortados pela força do decreto do executivo. “Não é justo, senhor prefeito que pessoas que tem seus direitos adquiridos dentro da legalidade sejam punidas junto com os que estão em situação ilegal”. A culpa deve ser atribuída ao gestor que tratou o processo de forma errada e não no servidor, disse mais a vereadora.
Gilmara criticou o pagamento de garis que estavam recebendo a metade do salário, criticou a contratação de uma empresa de Vitória da Conquista e os gastos com uma empresa de advocacia que nestes primeiros dias de governo já faturou mais de R$ 400 mil, depois e ter assinado um decreto de emergência no município. A vereadora também falou dos gastos que foram feitos com festas. “Como gastar mais de R$ 100 mil em duas festas na zona rural em um tempo decretado de emergência”, perguntou a vereadora. Estarei nesta casa para condenar o que for errado e para contribuir e aprovar o que for certo, concluiu Gilmara.
Estréia na Tribuna a vereadora
Elizabete.
Saudou a todos com um bom dia e disse estar preocupada com a presença do povo
nas sessões, pedindo ao presidente que faça esforço de retornar a transmitir as
sessões da Câmara pela Rádio Comunitária de Araci. Bete que se elegeu pelo PSC
disse ao prefeito que estaria naquela casa como vereadora do povo e que daria
apoio a todos os projetos que fossem enviados pelo executivo a bem das
comunidades, o que se apresentar contrário a isso, não aprovarei, finalizou a
vereadora.
Estréia na Tribuna o vereador
Jefson.
Depois de dar suas saudações a todos os presentes e aos seus pares, o
vereador Jefinho disse que aquela tinha muitos projetos e planos de trabalho que
daria conhecimento àquela casa e à municipalidade, mas por se tratar de uma
sessão solene deixou essa pauta para a próxima sessão que terá caráter de sessão
ordinária da casa. Jefinho encerrou seu pequeno pronunciamento pedindo ao
presidente para criar formas de convencer a população a frequentar as sessões da
Câmara e melhorar a credibilidade do legislativo.
Marcos estreia na Tribuna.
O vereador Marquinhos iniciou saudando a todos os presentes em nome de seu
amigo Edilson que estava presente na plateia e falou de como e com quantos votos
chegou àquela casa legislativa. Agradeceu nominalmente ao radialista José
Socorro e ao secretário de esporte Leonardo Pinho a quem chamou de primo e em
seu nome cumprimentou a todos os secretários municipais presentes àquela sessão
solene. O vereador usou da palavra para falar de uma prática adotada pela
maioria dos eleitores de Araci que segundo Marquinhos nunca votam pensando no
bem e no desenvolvimento da cidade. Para o vereador que se elegeu pelo PSDB,
tais eleitores votam com interesse em uma indicação, um emprego ou benesses em
serviços. Marquinho que se elegeu com seu trabalho assistencial a doentes, disse
que é preciso mudar essa modalidade de votar. Continuando sua fala o vereador
estreante criticou a experiente vereadora Gilmara dizendo que ela tinha sido
omissa em condenar a atuação de empresas como a do Ciro que faturou mais de um
milhão dos cofres da prefeitura.Imediatamente a vereadora aparteou, embaraçando o vereador e disse que ele deveria fazer uma equação matemática: Veja em quanto tempo a empresa citada ganhou esse dinheiro, porque tem contratos nessa casa com advogados que ganham por mês mais que um vereador e estamos apenas a 45 dias de exercício, o senhor concorda com isso, embaraçou Gilmara. Ainda em suas palavras Marquinhos pediu para darem mais crédito ao trabalho do prefeito Silva Neto e considerar que ele tem apenas 45 dias de governo e criticou duramente os preços dos combustíveis praticados pelos postos de Araci.
Vereador Walter vai à
Tribuna:
Saudou a todos e agradeceu a presença da imprensa em nome do Editor do Jornal
Folha dos Municípios Gidalti ali presente com sua equipe de reportagem. O
vereador Guinha de Pascoal, disse em sua fala que nestes primeiros 45 dias do
ano, viajou por grande parte do município e constatou uma situação deplorável
especialmente nas estradas e viu quantos problemas de infraestrutura o munícipio
está enfrentando tanto na sede como na zona rural. A população sofre com a
alternância dos governos e mais ainda quando essa mudança é feita da forma como
foi feita em Araci, disse Guinha. O prefeito tem de encarar uma realidade cruel
que é mudar a situação estrutural do município e especialmente trazer a paz para
os moradores da zona rural, continuou o vereador. Fez uma referencia distinta ao
secretário William da Agricultura e aproveitou para agradecer sua atuação em
socorrer o homem do campo com sua determinação e coragem desde que ainda
secretário da gestão anterior. Guinha aproveitou em seguida para agradecer a
William pelo retorno à normalidade do poço do Caldeirão que há muito estava sem
funcionar. O prefeito Silva Neto tem mostrado coragem e pulso forte e suas
atitudes devem ser compreendidas pela população considerando as condições como
recebeu o município disse o vereador. Guinha finalizou corroborando com o seu
colega Marquinhos e criticou também os preços abusivos da gasolina em Araci e
disse corajosamente que em Araci tem um cartel comandado por um chefe único e
conhecido por todos que dá as cartas e todos os proprietários de postos obedecem
e sem citar nomes, encerrou o vereador.
José Augusto faz uso da
Tribuna:
O presidente convocou a vice-presidente Marlúcia para ocupar a cadeira da
presidência dizendo que como vereador iria fazer uso da tribuna da casa. José
Augusto fez questão de ser enfático na defesa da moralidade da casa que ora
preside. “Como vereador, não vou passar a mão em cima dos erros do prefeito. Se
isso vier a ocorrer, vou a ele e peço para resolver antes de ir à tribuna, essa
será minha atitude”, falou o vereador. Criticou com mais veemência as empresas
que prestaram serviços na gestão passada dizendo que os ganhos nestes três
últimos anos chegaram à casa dos R$ 5 milhões só em assessoria jurídica.
Esclareceu que hoje a câmara tem uma organização jurídica que atende à demanda
judiciária da casa e ela tem um corpo de advogados para trabalhar com um custo
único para a câmara. José Augusto criticou duramente a ex-prefeita em relação ao
último concurso e chegou a se expressar: “A prefeita avacalhou com o concurso,
na hora de convocar a confusão era grande. Os últimos passaram a ser primeiros,
os quintos a serem segundo quem estava dentro saiu e quem estava fora conseguiu
entrar”, os guardas aprovados não foram chamados e quem entrou para trabalhar na
guarda entrou através de uma empresa terceirizada; a prova dos motoristas teve
problemas a ponto de o Ministério Público exigir uma segunda prova, concluiu o
vereador.José Augusto denunciou a situação do INSS na câmara e disse que a dívida não fora paga pela presidência anterior e que o parcelamento já estava em poder da câmara para ser pago em sua gestão. Não entendo como a câmara tinha tantas dívidas e a presidente que assumiu chegou a devolver dinheiro para a prefeita. Afinal o presidente Edivaldo Pinho foi afastado para resolver os problemas, mas o que só aconteceu foi o seu afastamento, os problemas continuam e teremos de resolver. Em suas últimas palavras o presidente deixou escapulir um recado: “Estamos aqui para trabalhar e vou dizer aos secretários que não tentem peitar os vereadores, porque quem entende de povo e de suas necessidades é o vereador”, disse finalizando o presidente.
Fonte: Portal Folha